terça-feira, 31 de agosto de 2010

As vezes a vida para mim é um grande mistério,é uma criança que vem nos pregando peças,e nós,somos apenas simples humanos...

Ela nos testa de diversas formas,com diferentes situações e lugares,as vezes nos faz pensar...ás vezes nos fere fundo e forte como um punhal.

Mas o tempo é o remédio,por mais que tarde a chegar..cura.A dor passa,fica cada vez mais fraca e nós,cada vez mais imunes á certas situações.

Quando menos esperamos,a vida nos põe cara a cara com o nosso maior fantasma,deixando-nos assim sem cabisbaixos,sem ter o que dizer..

Mas quem nos rodeia talvez não mereça isso.

Sei,ás vezes a vida parece-nos injusta,mas devemos ser paciente e ver aonde ela quer chegar..por qual caminho ela quer que sigamos,e que aprendizado podemos tirar.

Não basta apenas viver..é preciso saber como viver,é preciso entender a palavra viver.

Há quem precise de mais que uma vida para entender seu significado.

Talvez sejamos demasiado jovem para entender o que é realmente viver...Mas já podemos tirar nossas conclusões sobre ela.

Instantes passam por nossos olhos tão rápidos...e ao mesmo tempo que esta acontecendo parece ser em câmera lenta,e só depois que passa vemos que foi rápido demais.

E o que nos resta?

Ficamos por instantes assombrados...e um filme lhe passa na cabeça e um aperto lhe surge no peito.

Sinto apenas vontade de estar em algum lugar..bem longe daqui,onde a palavra decepção fosse carta fora do baralho,onde ninguém perturbasse..e depois de certo tempo voltar,totalmente imune.

Mas como isso não é possível,continuamos levando a vida,mesmo,ás vezes não entendendo seus porquês,mas aceitando seus pra quês.

Lembranças me vem a mente tão depressa quanto as lagrimas me rolam a face,posso assim sentir o sabor de lagrimas e saudades ao mesmo tempo...e mais rápido ainda,me vem a impressão de que de nada me adianta revirar o passado,que o tempo já fez questão de cobrir com a poeira dos teus passos...e que agora está a léguas de mim.

Ana

Cidade perdida

Voltamos pois,meio ás pressas á cidade perdida que cheira forte a mofo e não há esperança,apenas um sentimento sem nome.

Voltamos sem querer voltar..por não ter mais aonde ficar.Viemos;junto a vocês,meus caros,assistir a triste e fúnebre marcha das almas.

Daquelas que tem um bom lugar aonde ir,e aquelas que vão aonde jamais puderam imaginar.

Ás pressas viemos,e é por aqui que decidimos que temos de ficar,ao menos por enquanto,pois o outro lado do mundo está perdido,então,não há muita diferença.

Mesmo cheirando a mofo,decidimos que este é o nosso lugar...

Aonde há sentimentos sem nome,e ás vezes os dois sóis brilham foscos e muito pouco aquecem...

Agora podemos nos assentar,pois está iniciando a marcha das almas;não vão voltar...

Irão a um lugar bom...ou áquele que jamais puderam imaginar...

Por fim..pode-se apenas ouvir o barulho das correntes,choro e ranger de dentes dos perdidos...e o que volta a reinar depois disso,é apenas mofo,com dois sóis foscos e um sentimento sem nome,que nos invade por inteiro...calando e fazendo refletir..enquanto vemos as tristes almas sumir no horizonte..a um lugar que sequer puderam um dia imaginar...

Ana.